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quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Jackieanne

Da cera da tua vela,
Fiz uma escultura,
E, era um coração,
Que se derreteu,
Com os raios do sol,
Naquela manhã,
Jurei eterno amor,
Mas a noite te levou,
Para algum lugar,
Onde daqui, não posso te tocar.

Dos caules destas flores,
Nada pude construir,
E as pétalas no chão,
Puseram-se todas à chorar,
Jurei eterno amor,
Mas, nem sei que te levou,
Para onde tudo é sobre espelhos, giletes, e canudos,
Que seguem caminhos largos,
sem fumaça, nem odor.

Adeus minha adorada menina,
De olhos cor de águas marinhas,
Vou sentir saudades,
E se por ventura, sentires o meu sofrimento intuitivamente,
Olhe para trás, e verás o caminho que fiz com minhas lágrimas na terra.

Espero em algum dia desses, sombrios,
Eu não tenha que te ver morrendo lentamente,
Em um flash de memória latente,
Sem nada poder fazer,
A não ser, as cinzas tuas,
Juntar e recolher,
Depois lacrar a sua urna,
E doá-la aos traficantes.

Jackieanne, 16 anos, viciada em heroína e cocaína.
Vício fatal. Morreu esperando a onda rainha.
Jackieanne, 16 anos, o fim da carreira.

(1978-1994)

Um comentário:

Anônimo disse...

Não é a toa que a vida ensina mais pela dor que pelo amor. O importante é aprender as lições, compreender a massa e ir tocando em frente, como dizia Almir...

abração!

Cassiano.

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