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segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Inesperado

Inesperado é quando uma flecha transpassa seu coração,
Que surpreso, sangra, agoniza ao ver que o arqueiro é o cupido bom,
Que deveria lhe despertar o amor, e não lhe desferir um tiro certeiro,
Apagando todo passado considerável,
Trazendo toda mágoa que se torna neste exato momento, latente aos tolos destemidos.

Inesperado é a fortaleza da alma, se tornar por alguns instantes vazia, cheia de nada,
E nada pesa tanto ou mais do que o ferro retorcido de um acidente trágico, fatal.

Inesperado é a música se esvair, sem deixar um único soneto de adeus, ou um único acorde de despedida.

Inesperado é a flor que deveria desabrochar, mas ao invés disto, simplesmente morrer de tristeza,

Inesperado é a essência da vida perder a sua fragrância mais imponente e mais eficaz contra todos os males: o amor.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Jackieanne

Da cera da tua vela,
Fiz uma escultura,
E, era um coração,
Que se derreteu,
Com os raios do sol,
Naquela manhã,
Jurei eterno amor,
Mas a noite te levou,
Para algum lugar,
Onde daqui, não posso te tocar.

Dos caules destas flores,
Nada pude construir,
E as pétalas no chão,
Puseram-se todas à chorar,
Jurei eterno amor,
Mas, nem sei que te levou,
Para onde tudo é sobre espelhos, giletes, e canudos,
Que seguem caminhos largos,
sem fumaça, nem odor.

Adeus minha adorada menina,
De olhos cor de águas marinhas,
Vou sentir saudades,
E se por ventura, sentires o meu sofrimento intuitivamente,
Olhe para trás, e verás o caminho que fiz com minhas lágrimas na terra.

Espero em algum dia desses, sombrios,
Eu não tenha que te ver morrendo lentamente,
Em um flash de memória latente,
Sem nada poder fazer,
A não ser, as cinzas tuas,
Juntar e recolher,
Depois lacrar a sua urna,
E doá-la aos traficantes.

Jackieanne, 16 anos, viciada em heroína e cocaína.
Vício fatal. Morreu esperando a onda rainha.
Jackieanne, 16 anos, o fim da carreira.

(1978-1994)

Índios e Espíritos

Vejo as flores, e sinto seus espinhos,
Choro de sua risada,
Lamento de seu desabafo,
Vamos retirar o uniforme de mortais,
E pôr o sobretudo imoral dos imortais de nossa puta história.

Morrer, já não é mais descansar.
Vou colocar meus ossos no seguro,
E, como favorecido, os desnudos,
Vou deixar todos "duros",
Lamentando minha morte,
Sem ter o que para gastar.

Vamos brincar de assassinos,
Vamos chorar sobre o sangue que jorrou,
Vamos tirar a máscara do mundo,
Que o palhaço, já não teme mais.

Agora ouço as vozes da repressão das mentes,
Que não conseguem libertação,
Se já não bastasse toda essa culpa,
Todo esse nexo, todo esse todo,
Orgulho?
Só meus sonhos,
Que nunca foram egoístas,
Vontade?
Só a de viver sobre as assas do meu ego.

Vamos voar mais alto que os mais altos dos valores,
Vamos brincar de índios e espíritos,
Vamos representar bem direitinho,
Para que a nossa alma não desconfie de nada,
Para que possamos, por alguns instantes, acreditar que somos felizes.

Tudo Errado

Vai, menina, vai,
Os seus olhos verdes já não contrastam mais,
Com os límpidos oceanos,

Vai, menina, vai,
Como os erros fogem à atenção,

Vai, menina, vai,
Não deixe rastros,
Ou pistas banais,
Com amigas bouçais,
Que não se dão nenhum respeito.

Talvez, pelo caminho,
Você encontre,
Alguém sozinho,
Carente o bastante,
Para ficar contigo,
E ver você fingindo estar sentindo prazer.

Talvez a gente se encontre de novo,
E você, nem se lembre do meu nome,
E nem saiba mais quem sou.

Talvez um dia,
Numa dessas transas casuais,
O seu corpo se esbarre no meu,
Por acaso, e por acaso, me peças um cigarro,
Mas, eu não fumo.

É simplesmente, mera conhecidência,
Aconteceu tudo errado.

Sábio Estranho

Um estranho entregador me falou de tradição e sobre manter os pés no chão,
Em meio a coelhos sórdidos,
De uma Páscoa de hipócritas que se entregam a dementes mortais,
Um selvagem animal de gravatas de listras, Pierre Cardin,
Me conta conta assassina meninas de olhos azuis,

Sirenes tocam ensurdecedoramente,
Anunciando mais um a sofrer,
Sendo realmente apresentado a realidade,
Por um erro que talvez nem tenha cometido.

Magia negra, branca ou amarela, seja lá qual cor ela tenha,
Não desfaz o nó que foi dado neste mundo,
E a negras flores, doces pólens proibido,
Refletem toda paz sintética,
Que admitimos ter, em meio a risos demasiados,
Doces devaneios, em meio a fumaça amarelada.

Em entrevistas pobres,
Gays se acham ao máximo incompreendidos,
Alienando nossos pobres cidadãos,
Sem informação e sem formação.
Sociedades nascem,
E buscam no amor um paradigma superior.

Abram os portais, que do céu está chegando a nave mãe,
Mas ela arremeteu, para sobreviver,
Jogando de para-quedas os novos integrantes desta estranha dimensão,
E, que infelizmente ou felizmente,
Jamais serão vocês.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Aquarela de Pedra

Hoje, eu vejo você.
Olhando as pessoas que passam.
Sem perceber seu julgamento interno,
Sem defesa, sem eixo, desconexo pela dor.
Não quero deixar o tempo passar,
E ficar para trás de um olhar como o seu, que me exclui e me inclui com desprezo.
Quero ser mais que sou, sem me ferir e mentir pra mim mesmo,
Para suportar o ermo que estou.
Quero seguir na estrada onde o sol se põe,
E o verde intenso do campo me faça renovo e feliz.
Quero sentir que fiz mais do que precisava fazer,
Por mim e pelos outros, aqui e muito além deste pequeno mundo de ilusões, apatia e dor.
E ainda hoje, eu vejo você, inerte e triste,
Sem saber quem é.
Descobri que essa cor que vejo em meus olhos sutís,
É mera presunção de um coração vão,
Que ainda tem intenção de bater, depois que o amor, como pintor, deixou as tintas já secas,
Na aquarela de pedra, e simplesmente se foi, sem assinar a obra com paixão.
E desemoldurado concluo, que viver é como esculpir em pedra sabão sem ter o dom,
É fácil quebrar.
Arte mesmo, é ter que sorrir e chorar ao mesmo tempo, em um só lugar,
Sem desistir de recomeçar todo dia ao acordar.

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